Secretários municipais de Agricultura e Meio Ambiente debatem parcerias com o Estado
Encontro começou nesta quarta-feira e segue até sexta-feira, com palestras no auditório do Mercado Municipal em Curitiba e transmissão online para o interior do Estado.
Dezenas de secretários municipais de Agricultura e de Meio Ambiente do Paraná, além de servidores das secretarias, iniciaram nesta quarta-feira (15) um encontro que se estenderá até sexta-feira (17) para conhecer em detalhes programas desenvolvidos pelo Estado nessas duas áreas e que podem ser aplicados em suas regiões.
O evento, promovido pela Federação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná, tem, entre outros, apoio das Secretarias de Estado da Agricultura e do Abastecimento, e do Desenvolvimento Sustentável e Turismo. Reúne parte do público de forma presencial no auditório do Mercado Municipal de Curitiba e é transmitido online para o Interior.
Durante a abertura, na noite de quarta, o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, destacou a importância de Estado e municípios terem agendas de trabalho em conjunto. “Se tiver duas ou três agendas no município está errado, cada um está puxando para um lado, não potencializa o resultado”, alertou. “Não estou impondo a minha agenda e nem vou fazer só a de vocês, vamos trabalhar em agenda de consenso, potencializando”.
Segundo ele, há vários programas que oferecem oportunidades para que os agricultores cresçam em suas atividades, e há muitos exemplos de sucesso nos municípios que podem ser replicados.
Ortigara apresentou dados da agropecuária paranaense, que a fazem líder de produção nacional em vários segmentos. “Mas não nos falta a perspectiva, a visão de que tem muito por fazer. O meio rural tem muitas carências que nós podemos ajudar seja no aspecto produtivo seja no aspecto da vida social”, afirmou. “Dá para fazer bastante”.
Entre os programas detalhados pelos técnicos do Sistema Estadual da Agricultura estão Banco do Agricultor Paranaense, Coopera Paraná, Estradas da Integração, Paraná Energia Rural Renovável e as várias ações de segurança alimentar e nutricional, como Leite das Crianças, Compra Direta Paraná e Restaurantes Populares. Também foram relatadas as principais atividades de defesa agropecuária e apresentada a forma como foi constituído e funciona o IDR-Paraná.
Os participantes estão recebendo, ainda, noções sobre o ICMS Ecológico, resíduos sólidos e parques urbanos, apresentados por servidores do Instituto Água e Terra (IAT), além de conhecerem experiências sobre asfaltamento de estradas rurais em Toledo, conectividade no campo em Pato Branco e as ações de segurança alimentar e nutricional desenvolvidas pela prefeitura de Curitiba.
PARTICIPANTES – “A gente está vindo esclarecer assunto por assunto, sabendo os detalhes dos programas que o governo tem para os municípios e, com certeza, vai ter mais conhecimento”, disse o secretário de Agricultura e Pecuária do município de Salgado Filho, no Sudoeste, Marcelo João Barili. “Quando os produtores procurarem as secretarias, a gente vai conseguir direcionar mais corretamente.”
Recém-nomeado secretário de Agricultura de Planalto, no Sudoeste do Estado, Willian Kegler ressaltou a oportunidade de ouvir os técnicos do governo e ter conhecimento de programas que poderão ajudar o município. “Ouvir essas palestras é muito bom para poder repassar ao nosso povo e à nossa cidade”, afirmou.
Fernanda Giorgetti está há oito meses à frente da Secretaria de Meio Ambiente e de Agropecuária de Jaguapitã, no Norte, e considerou muito importante participar do encontro ainda no começo de seu trabalho. “Vamos levar as experiências e os programas para tentar implantar da melhor forma no município, é um aprendizado incrível”, reforçou.
O presidente da Federação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná, Clodomir Ascari, disse que a entidade tem esse evento em seu calendário com o objetivo de despertar para a necessidade de os secretários buscarem sempre a melhor orientação técnica para suas ações. Segundo ele, é preciso reduzir o tempo tanto de elaboração de projetos quanto de implementação.
“Temos obrigação de passar as informações para diminuir esse tempo e melhorar a comunicação para que a sociedade seja bem atendida e para os secretários terem mais tranquilidade”, afirmou.