Paraná registra mais 119 casos de dengue; monitoramento da doença é permanente no Estado
Além dos casos confirmados são 1.227 notificações e um óbito. Secretaria de Estado da Saúde atua junto aos municípios para reforçar as ações de combate ao mosquito transmissor.
O Paraná registrou mais 1.227 notificações da dengue, 119 casos confirmados e uma morte pela doença no 8º informe semanal do período epidemiológico 2022/2023, publicado nesta terça-feira (4) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). O óbito foi registrado em Foz do Iguaçu no dia 5 de setembro. Trata-se de um homem de 85 anos, com comorbidades.
O Estado já computou 10.247 notificações, mil casos e duas mortes desde o início do novo período epidemiológico, que começou no dia 31 de julho e deve seguir até agosto do ano que vem.
No período epidemiológico anterior (2021/2022), encerrado no dia 30 de julho, o Estado somou 132.328 casos da doença, sendo 120.073 casos autóctones (quando a dengue é contraída no município de residência do paciente) e 88 óbitos. Foram registrados 33 casos confirmados de chikungunya – 9 autóctones. Não houve confirmação de caso de zika.
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, mantém ações permanentes para o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue zika, chikungunya e da febre amarela urbana. A Sesa faz monitoramento ininterrupto dos dados epidemiológicos das doenças e reforça, junto aos municípios, a importância da revisão e atualização de seus planos de ação e de contingência, com o objetivo de mobilizar os gestores, de forma intersetorial e integrada, para o enfrentamento da dengue e demais arboviroses.
Essa atuação prosseguiu mesmo no inverno, quando há redução no número de casos. A Secretaria da Saúde também monitora de forma contínua os dados dos levantamentos entomológicos de infestação por Aedes aegypti realizados pelos municípios.
“Cerca de 90% dos criadouros estão nos quintais e ambientes internos das residências. Depósitos como garrafas, caixa d´água e ralos destampados, bebedouros para animais, vasos de plantas, coletores de água da geladeira e do ar-condicionado destacam-se como os principais locais que podem acumular água e servir de criadouros para o mosquito”, explica a coordenadora de Vigilância Ambiental da Sesa, Ivana Belmonte.
“Isso evidencia que as ações de combate ao mosquito precisam ser contínuas no que se refere à sensibilização social e limpeza urbana para o controle do Aedes”, reforça o secretário de Estado da Saúde, César Neves. A transmissão das doenças se dá pela picada do mosquito fêmea infectado.
Em caso de sintomas característicos da doença (febre, dores no corpo, cansaço), a população deve procurar os serviços de saúde e seguir as recomendações da equipe, evitando que se agrave o quadro clínico. Idosos com comorbidades são considerados vulneráveis, suscetíveis ao agravamento da doença.
VÍRUS – Existem quatro sorotipos do vírus de dengue: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. A pessoa acometida por um dos quatro sorotipos se torna imune pelo resto da vida ao sorotipo pelo qual foi infectada. A reincidência da dengue pode agravar os sintomas e levar à forma grave da doença.
Atualmente no Paraná há registros de circulação dos sorotipos DENV-1 e DENV-2. No período epidemiológico 2019/2020, registrou-se uma maior circulação do sorotipo DENV-2.
“Como ainda não havia predominância deste sorotipo no Estado, muitas pessoas foram contaminadas e este é um dos fatores que podem ter contribuído para o registro dos mais de 220 mil casos confirmados naquele período”, comenta Ivana Belmonte.
HISTÓRICO – A Secretaria da Saúde monitora os dados da dengue desde 1991, quando o Paraná apresentou 161 notificações e 16 casos confirmados, todos importados, ou seja, os pacientes foram infectados fora do Estado. Neste primeiro informe não teve registro de óbitos.
O ano de 2007 marcou o primeiro grande surto de dengue no Paraná, considerando-se que houve um aumento expressivo da incidência de casos quando comparada aos anos anteriores. Foram mais de 50 mil notificados, cerca de 26 mil confirmados e sete pessoas morreram.
A série histórica da doença aponta que o período 2019/2020, foi o de maior registro de casos, finalizado com 227.724 confirmações e 177 óbitos.
Confira o informe completo desta semana e o o último do período epidemiológico 2021/2022.