ETEC Orlando Quagliato adere a greve

Professores da ETEC de Santa Cruz votaram SIM à greve após Assembleia Setorial

Na noite da última quinta-feira (03), professores e funcionários da ETEC Orlando Quagliato reuniram-se na sede urbana para definirem sobre a adesão por tempo indeterminado a partir do dia 08 de agosto a greve de professores.

As reinvindicações da greve são por reajuste salarial para todos, revisão do plano de carreira, pagamento do bônus e principalmente pela defesa das escolas do Centro Paula Souza que se veem ameaçadas após governo declarar oferta de cursos técnicos de maneira precarizada, por meio da rede estadual de educação.

Com quase 100% de adesão, os professores e funcionários, mesmo apreensivos formalizaram a aprovação do sim à greve.

Dentre os motivos e as razões que levaram a categoria a deliberar pelo SIM à greve convocada pelo Sinteps, vale ressaltar:

  • Desvalorização salarial: Nossa política salarial vem sendo desrespeitada; ao longo dos anos, temos enfrentado uma crescente defasagem salarial, o que resulta em perdas significativas em nosso poder de compra. Os 6% de reajuste salarial anunciados pelo governo para o resto do funcionalismo não repõem nossas perdas: 
  •  Condições precárias de trabalho: As condições em que exercemos nossas funções têm se deteriorado, com falta de trabalhadores, o que leva à sobrecarga de trabalho, falta de infraestrutura adequada, falta de equipamentos tecnológicos atualizados. Não são raros os casos de colegas exaustos, de prédios caindo e chuva entrando nos locais de trabalho; 
  • Desmonte da educação técnica e tecnológica pública: A educação profissional, técnica e tecnológica pública desempenha um papel fundamental na formação de profissionais qualificados para o mercado de trabalho. No entanto, temos observado um descaso por parte do governo Tarcísio ao empenhar seu projeto de ampliação da oferta de cursos técnicos de maneira precarizada, por meio da rede estadual de educação, configurando uma ameaça ao financiamento do Centro Paula Souza e aos nossos empregos, bem como um gritante desvio de recursos públicos para iniciativa privada;
  • Falta de diálogo e negociação: A greve por prazo indeterminado também reflete a frustração com a falta de diálogo e negociação por parte das autoridades responsáveis. Desde o mês de janeiro/2023, o governador de São Paulo é procurado para negociar a pauta de reinvindicações, porém, até o momento não houve respeito aos trabalhadores do Centro Paula Souza: nada de pagamento da bonificação por resultados, nada de concretização do projeto de lei complementar que alterará nossas carreiras como reivindicamos desde 2015. 

“Defender as escolas do Centro Paula Souza (ETECs), diante aos ataques e desvalorização a que vem sendo submetidas, significa, sobretudo, manter a oferta de um Ensino Médio de qualidade, bem como de cursos técnicos profissionalizantes à população que não tem como pagar pela educação. Defender as ETECs é defender o sonho de muitos jovens que anseiam por uma formação de qualidade”, ponderou Vinicius Santiago, professor de história.

Assessoria

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