Saúde promove live que alerta sobre o perigo do tabagismo

Especialistas abordaram temas como doenças pulmonares relacionadas ao tabagismo e o Programa Estadual de Controle do Tabagismo – diagnóstico dos impactos da Covid-19, ações e perspectivas. A conteúdo ficará disponível no canal da Sesa no YouTube.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) promoveu nesta sexta-feira (27) uma ação educativa e de prevenção sobre os riscos do tabagismo para a saúde. Especialistas debateram o tema em uma live que abordou um breve histórico da luta contra o tabagismo no Paraná, doenças pulmonares relacionadas ao tabagismo e o Programa Estadual de Controle do Tabagismo – diagnóstico dos impactos da Covid-19, ações e perspectivas. A conteúdo ficará disponível no canal da Sesa no YouTube.

No próximo domingo (29) é o Dia Nacional de Combate ao Fumo – o evento tem como objetivo chamar a atenção para a importância em alertar a população da dependência e riscos do tabaco. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é a principal causa de morte evitável no mundo.

No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) aponta que 443 pessoas morrem todos os dias por causa da dependência da nicotina. Desse total, 37.686 correspondem à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), 33.179 à doenças cardíacas, 25.683 a outros cânceres, 24.443 ao câncer de pulmão, 18.620 ao tabagismo passivo e outras causas, 12.201 à pneumonia e 10.041 ao acidente vascular cerebral (AVC).

Para o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, as iniciativas que alertam e combatem o uso do tabaco, mostrando os efeitos nocivos que o hábito pode proporcionar, servem como um grande incentivo para aqueles que querem deixar de fumar.

O Paraná é o único Estado que incluiu a comorbidade tabagismo na Ficha de Notificação da Covid-19. Dados preliminares do Notifica Covid-PR apontam que dos 30.452 óbitos, 3,5% apresentavam a comorbidade do tabagismo, sendo 70% homens e 30% mulheres. A faixa etária mais acometida foi a de 60 a 69 anos, com 28% dos casos, seguida da faixa de 70 a 79 anos.

TRATAMENTO – Na rede de saúde pública do Paraná, o atendimento à pessoa tabagista é realizado por equipes multiprofissionais de saúde, prioritariamente na atenção primária, que estão localizadas em todo o Estado. São 1.726 estabelecimentos com serviço de controle de tabagismo. A metodologia é a mesma preconizada pelo Inca e Ministério da Saúde, priorizando o estímulo à mudança de comportamentos e a escolha de hábitos saudáveis de vida. Os grupos, de 10 a 15 fumantes, participam de sessões que incluem avaliação clínica e abordagem intensiva, individual ou em grupo, que estimulam a alteração do comportamento.

Quando necessário, utiliza-se também terapia medicamentosa após avaliação médica. Por conta da pandemia, a Secretaria de Estado da Saúde orientou a suspensão das atividades em grupos para cessação do tabagismo, adiou o início de novos tratamentos e indicou a adoção de estratégias a distância para garantir o acesso das pessoas que procuravam as Unidades de Saúde. Em 95% dos estabelecimentos que ofertam o programa houve impacto nos atendimentos, desde 2020. Foram implementadas outras estratégias, como atendimento individual, por meio de chamadas online e até grupos por aplicativos de mensagens.

DOENÇA – O tabagismo é uma doença. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o tabagismo como a dependência da droga nicotina, presente em qualquer derivado do tabaco, seja cigarro, cigarrilha, charuto, cachimbo, cigarro de palha, fumo de rolo ou narguilé. Após ser absorvida, a nicotina atinge o cérebro entre 7 e 19 segundos, liberando substâncias químicas para a corrente sanguínea que levam a uma sensação de prazer e bem-estar. Essa sensação faz com que os fumantes usem o cigarro várias vezes ao dia.

LEI – O Brasil instituiu o dia 29 de agosto como Dia Nacional de Combate ao Fumo em 1986. A data foi promulgada pela Lei Federal nº 7.488 em 1.996 e tem como objetivo a sensibilização e mobilização da população brasileira para o reconhecimento dos danos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo tabaco, que é um problema de saúde coletiva.

Desde o final da década de 1980, sob a ótica da promoção da saúde, a gestão e a governança do controle do tabagismo no Brasil vêm sendo articuladas pelo Ministério da Saúde, por meio do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o que inclui um conjunto de ações nacionais que compõem o Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT).

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