Paraná finaliza ciclo epidemiológico da febre amarela sem casos em humanos
A secretaria estadual da Saúde publicou nesta quarta-feira (30) o Informe Epidemiológico da Febre Amarela que finaliza o ciclo anual do agravo. O período monitorado de 1º de junho de 2020 a 30 de junho de 2021 foi encerrado sem confirmações de casos humanos. Foram 28 notificações em humanos, 27 delas descartadas e uma segue em investigação.
O Informe registra a confirmação de 17 epizootias no período, que é a ocorrência de mortes de macacos infectados. A epizootia acontece quando o animal é picado pelo mosquito contaminado, transmissor da doença.
“Ressaltamos que o macaco não é transmissor da febre amarela. Eles são os indicadores de que o vírus está circulando regionalmente e de que precisamos estar em alerta. Por isso, a Sesa monitora sistematicamente o agravo no Estado”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
CONFIRMAÇÕES – Onze epizootias foram confirmadas na 7ª Regional de saúde de Pato Branco, nos municípios de Clevelândia (2), Coronel Domingos Soares (3), Honório Serpa (1), Mangueirinha (1) e Palmas (4); 5 epizootias foram registradas junto à 6ª Regional de União da Vitória, no município de Cruz Machado; e uma epizootia foi confirmada na 2ª Região Metropolitana/Curitiba, no município de Piraquara.
“Devemos ressaltar que, possivelmente, estes números podem ter sido afetados pela pandemia da Covid-19. Podem ter ocorrido mortes de macacos que tenham passado despercebidas pela população, que é quem aciona a Vigilância Ambiental dos municípios. É a partir daí que equipes técnicas atendem a ocorrência para coleta do material, investigação e posteriormente a confirmação ou não do óbito do macaco por febre amarela ou por outras causas”, explicou a chefe da Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores da Sesa, Emanuelle Gemin Pouzato.
Segundo ela, um fator importante a ser mencionado refere-se à vacinação contra a febre amarela. O percentual de cobertura vacinal acumulado nas crianças menores de 1 ano no Paraná, de janeiro a maio de 2021, está em torno de 71, 38%. A avaliação total desta vacinação será encerrada em dezembro deste ano. O Ministério da Saúde tem como meta 95% de cobertura vacinal nesta faixa etária.
“A febre amarela é um agravo que possui como a mais potente arma a vacinação. A vacina é extremamente eficaz, com taxa de eficiência superior a 95%”, acrescentou Emanuelle.
A vacina da febre amarela está disponível na rede pública e a população deve procurar orientações para receber a dose nas unidades básicas de saúde.